segunda-feira, 11 de junho de 2007

três desconhecidos que se conheceram

pergunta-se: o que três pessoas que, aparentemente, nunca pararam para conversar, ou até nunca se viram, podem fazer num aeroporto, enquanto esperam o vôo???

eu, ele e ela. ela, eu e ele, pra finalizar, ele, ela e eu (uma pequena confusão nos sistema de informações e confusões da minha mente)...descubra pela imaginação. Curtas, conversar, alguns metros de caminhada em busca de uma café, de uma pedaço de qualquer material que se possa deixar uma lembrança escrita, olhares que produzem diálogos, chão frio, um carrinho de três rodas, três vôos diferentes, três saudades que se completam e juntas levaram pedacinhos de imagens registradas por canon.

ela foi embora primeiro, depois eu, por final, ele. cada um no seu destino, sabendo quando será o próximo encontro. Lembro de uma conversa na frente de uma farmácia, lembro de estarmos na frente da vidraça de uma livraria, duas xícaras (grandes) de café, um roteiro que será construído pela presença dessas três pessoas , num determinado local, num determindo horário, dia e mês. A cerveja se configurava como proprietária de uma parte do meu estômago, e ficou por muito tempo sendo ainda.

Os três vôos já foram embora. A lembrança é a única chance de se voltar a ter aquela mesma sensação, a de contar com pessoas que confiem em você e que possam dividir horas de suas vidas para dedicarem um pouco ao que chamamos de amizade, clichê? que seja!!!

tim-tom
embarque autorizado!

Um comentário:

K.F. disse...

Não, não...ninguém esperava... pelo menos não da forma como aconteceu...ela, bêbada como quase todo dia, feliz com os companheiros-de-súbito que recebeu daquele...daquele senhor-das-aleatoriedades, o Acaso...
ele, o moço da câmera, sorridente como quem guarda uma boa piada...de primeira ela pensou ‘é um debochador...um debochador, senhores, vejam como ele fala da camiseta daquele mocinho! Vejam só que sacanagem, meus caros!’
Aquele mocinho, vulgo tímido introspectivo, o da camiseta com a estampa de São Paulo. Isso...aquela camiseta que já estava há uns seis dias no mesmo corpo acanhado. Mas sabemos como foi: ele ganhou o prêmio, então deve ter deduzido: ‘foi a camisa! Foi a camisa que deu sorte! Não tiro mais, não lavo mais, meu amuleto de algodão 100%!’...
Então penso: será que foi ela mesma que nos uniu p’ra umas cervejas, piadas, curtas introspectivos e estimulantes cafeinados? Pode até ser, não acha?