segunda-feira, 2 de julho de 2007

Eu quero ver o domingo acabar.

Mais uma tarde bucólica em Natal. Uma tarde chuvosa, cheia de pensamentos interessantes. Alguns que poderão render boas palavras e frases, quem sabe algum texto. Até o computador resolveu ajudar nesta empreitada. Meu irmão e a namorada estão no quarto assistindo algum filme, minha mãe encontra-se no quarto dela, meu pai só chegará da viagem a noite, resolvi me refugiar pela sala de estar mesmo, aqui na frente do pc, escutando Damien Rice.

Escrever sobre o quê? Pelo que vejo aquela noite no aeroporto tomou conta de uma parcela considerável da minha memória. Ainda não sei ao certo como tudo vai terminar, nem sei ainda como começou, mas confesso que muitas surpresas e coisas boas serão formadas a partir daquele encontro.

O que é um pensamento, em forma de lembrança, na cabeça de uma das pessoas que viveu está lembrança? Nostalgia? Saudade? Descoberta de algo? Opa!! Descoberta. Será possível uma grande parceria crescer assim? São muitas perguntas, são poucas respostas e muitas reflexões e dúvidas. Ei, por que somos tão humanos as vezes? Será que a sociedade nos deixa tão presos ao distanciamento dos sentimentos que nem notamos quando estamos retornando ao que somos mesmo? Acho que ando lendo muita filosofia.

Hoje é um dia daqueles, bons para se pensar a respeito de qualquer coisa, conclusões a parte, pretendo me ocupar com pensamentos que me farão ter uma semana produtiva, pelo menos na escrita. O céu da cidade hoje está me dando uma vontade de colocar uma roupa e ir caminhar, correr um pouco pela praia com esse vento frio, algo melancólico para uma situação melancólica.

Quais serão os pensamentos dos meus amigos? Será que aquela passagem pelo aeroporto internacional de Salvador ficou na vida deles? Será que sou o único que me entrega a esse tipo de situação? Acho que vou mudar o meu discurso. O dia não está para pensamentos, e sim para questionamentos. Mas são questionamentos intensos, que refletem o meu estado atual, aquele onde preciso concretizar muitas coisas.

Imagino se existe alguém, em algum lugar, que possa estar sentada num bom bar, tomando um bom café, olhando para a rua e tentando adivinhar o motivo pelo qual o senhor que acaba de passar pela calçada está olhando para baixo, por que a mãe anda tão rápido com a criança que parece não querer ir embora daquele lugar, das aves serem tão rápidas de um fio para o outro, do casal não se olhar diretamente nos olhos enquanto esperam o táxi chegar, o por que de tanto barulho nas avenidas, não entende a razão do locutor da rádio errar tantas vezes num único bloco, não se sabe, simplesmente.

A chuva continua diante a minha janela.Mesmo a chuva continuando a molhar a minha janela, eu não a fecho.

Um comentário:

Ricardo Moreira (Krusty) disse...

Rapaz,tu escreves de uma forma realista que prende a leitura e gera identificação,acabo de ler teus quatro textos,e eles pareciam tratar da minha vida-alguns anos ao me despedir dos meus amigos...
Ei,vamos manter essa interação,vlw pelo comentário,lá no blog.